Costa Vicentina: Natureza, Mar e Sabor

Com o verão a marcar o ritmo dos dias e o desejo de escapar à rotina a crescer, há um destino que se destaca para quem procura uma combinação perfeita entre natureza em estado puro, praias deslumbrantes e uma gastronomia que honra o melhor do mar: a Costa Vicentina.

Este troço costeiro, que se estende entre o Alentejo e o Algarve, é um dos segredos mais bem guardados do país - e a Rede Expressos facilita (e muito!) a chegada até lá.

Optar pelo autocarro para explorar esta região não foi apenas uma escolha económica. Foi, sobretudo, uma decisão sustentável, consciente do impacto ambiental das deslocações e da necessidade de proteger precisamente aquilo que me atraiu: a paisagem selvagem, as praias intocadas e as vilas piscatórias que ainda respiram autenticidade.

A minha viagem começou em Porto Covo, onde o tempo parece correr mais devagar. As casas brancas com barras coloridas, as ruas de calçada e o cheiro a maresia compõem o cenário perfeito. Ao largo, a imponente Ilha do Pessegueiro, guardiã silenciosa da costa, lembra-nos histórias de navegadores e lendas antigas, como canta Rui Veloso na sua célebre canção Porto Covo. Aqui, como em quase toda a região, o peixe é rei- fresco, grelhado na brasa, servido com simplicidade e sabor.

De Porto Covo segui para Vila Nova de Milfontes, onde o rio Mira se encontra com o Atlântico. É uma vila viva, com uma energia própria, ideal para quem gosta de caminhar junto à água, explorar praias recortadas entre falésias ou simplesmente saborear uma massada de peixe ao final da tarde, com vista para o pôr do sol.

Mais a sul, Zambujeira do Mar recebeu-me com o seu encanto discreto. Pequena, acolhedora e com uma das paisagens mais marcantes da região, é paragem obrigatória para quem procura tranquilidade. Uma sopa de peixe fumegante, servida num dos pequenos restaurantes com vista para o mar, aqueceu-me a alma e o estômago.

Ao atravessar a fronteira invisível entre o Alentejo e o Algarve, cheguei a Aljezur, vila histórica onde as ruínas do castelo mouro vigiam o casario branco. Aqui, o peixe continua a ser uma referência, mas com sabores que misturam o sal do mare os aromas da serra envolvente. A natureza é presença constante, e a sensação de liberdade acompanha cada passo.

Por fim, a última paragem: Praia da Arrifana. Um dos ex-líbris da região, com falésias imponentes e ondas que fazem as delícias de surfistas e sonhadores. Sentado no areal, percebi o quão longe estava da azáfama dos grandes centros - e o quão perto me sentia daquilo que é essencial.

A Rede Expressos tornou esta viagem possível - com conforto, pontualidade e, acima de tudo, com a tranquilidade de saber que estava a viajar de forma mais ecológica e acessível. Basta consultar os horários no site rede-expressos.pt ou na app, escolher um dos muitos horários disponíveis, e deixar-se levar.

A Costa Vicentina é um convite à descoberta - e o autocarro, neste caso, foi o melhor bilhete para uma viagem cheia de mar, sabor e autenticidade.

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