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Colaborador

Motorista há 32 anos, Carlos Palmeiro conta a sua história

Trabalha para a Rodoviária do Alentejo e é motorista desde os 21 anos

10 minutos de leitura

Carlos Palmeiro tem 54 anos, trabalha para a Rodoviária do Alentejo há 32 anos e é motorista desde os 21 anos. “Este é o meu primeiro emprego, não tive mais nenhum senão este”, conta. Decisão da qual, garante, não se arrepende nada.

Há quantos anos está na Rodoviária do Alentejo?

Trabalho na Rodoviária do Alentejo há 32 anos. Faço o Expresso de Lisboa - Vila Verde de Ficalho e Vila Verde de Ficalho - Lisboa.

 

Já fez mais alguma?

Sim. No passado trabalhei no turismo. Estive durante 6 anos na Frota Azul e trabalho há 26 anos para a Rede Expressos. Mas já corri o mundo inteiro quando fazia serviços turísticos.

E gostava mais ou menos?

É tudo diferente. [risos] Não tem comparação possível! É um outro tipo de serviço muito mais exigente. Eu ficava meses fora de casa. Fazia muitos circuitos, por exemplo de 28 dias. Claro que era tudo mais cansativo, mas também era melhor financeiramente. Mais bem remunerado.

Por que razão deixou de fazer turismo?

Há prioridades e a família é a prioridade. A vida familiar tornou-se mais importante e decidi vir para uma linha certa porque tenho outra qualidade de vida. Fui durante muitos anos o motorista mais novo em Portugal! [risos]. Sou motorista desde antes dos 21 anos. Este é o meu primeiro emprego, não tive mais nenhum senão este.

Trabalho para o grupo desde que me lembro. Primeiro estive nas oficinas entre os 13 e os 17 anos, na seção de bate-chapa. Depois fiz uma pausa e fui para a tropa. Quando voltei recebi uma proposta do chefe da oficina- que tinha uma grande simpatia por mim – e comecei a trabalhar como motorista. Até hoje, com 54 anos, sou motorista e não me arrependo nada.

Então está satisfeito com a decisão que tomou…

Claro! Estou muito satisfeito. Gosto muito do que faço e todos os dias me empenho a 100% naquela que é a minha função. Sou uma pessoa muito divertida, mas quando estou a trabalhar sou ainda mais profissional.

Ajudo toda a gente e orgulho-me de dizer que tenho participado muito nos projetos da Rede Expressos. Exemplo disso é o facto de o Dr. Carlos Oliveira (diretor-geral da Rede Expressos) me ter chamado para o projeto do engenheiro Nelson Silva. Colaboro muito e gosto ainda mais desta empresa!

Felizmente sinto-me valorizado. As pessoas são muito queridas comigo e reconhecem que me esforço. Tenho uma ótima relação com todos e defendo a cor da Rede Expressos.

 

O que é que gosta mais nesta profissão?

Gosto muito das pessoas. Gosto muito da Rede Expressos! [risos]

E o que é que gosta menos?

Quando aparece alguém que é menos agradável… Às vezes tenho de lidar com esse tipo de pessoas e não é muito fácil. Eu trato toda a gente por igual. Estou há muitos anos na Rede Expressos e posso mesmo gabar-me, se me permitem, de não ter nenhuma reclamação.

 

Alguma vez pensou em fazer outra coisa que não fosse motorista?

Nunca porque me satisfaz bastante aquilo que faço. Gosto muito de conduzir e gosto muito de estar na estada. Mas agora na minha idade também já gosto muito do dinheiro que recebo. [risos]

Nunca apanhou nenhum susto na estrada?

Claro que sim. Já estive em situações de perigo, mas aí prevalece a experiência do motorista. Quando estou a conduzir vou concentrado no que estou a fazer para zelar pela segurança do passageiro e, claro, também pela minha.

E como é o ambiente entre motoristas?

É bom. Damo-nos todos bem. Eu sou uma pessoa que não se dá mal com ninguém. Tenho colegas de quem gosto bastante.

Sempre viveu no Alentejo? Nunca pensou sair de lá?

Não. Amo o Alentejo! Sou natural de Sousel e vivi lá até cerca dos 2 anos. Agora vivo em Sobral da Adiça, perto de Vila Verde de Ficalho. Vim viver para Lisboa muito novinho porque a minha mãe era enfermeira no Hospital Pulido Valente e o meu pai era estofador na TAP. Vivi sempre na Margem Sul.

Estando lá no Alentejo, só sinto falta de uma coisa que tinha aqui e lá não tenho: o mar. Sou um grande fã dos desportos náuticos. Tenho um barco e aproveito para me divertir com a família no Alqueva, que é o único sítio de água doce que tenho perto. Quando estou de férias levo o barco para o Algarve e aproveito lá. Esforço-me muito em prol da família porque é nessa altura do ano que consigo abstrair-me do mundo rodoviário. [risos]

 

O que gosta de fazer quando não está a trabalhar?

Tenho um monte e dedico-me à agricultura. Gosto muito de animais, tenho 3 cães!

 

Gosta de viajar?

Gosto! Angola, Cabo Verde, tudo o que tenha mar. E bom marisco [risos]. Nunca fui aos Estados Unidos e gostava de ir. Adorava conhecer a cidade de Nova Iorque.

 

Pode deixar alguns conselhos para os passageiros?

Continuem a viajar com a Rede Expressos porque é a empresa que oferece as melhores condições. E respeitem as regras de segurança que também é importante.

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