Se perdeste alguma coisa, o Tomás Simão ajuda-te
Tomás Simão chegou à Rede Expressos em outubro de 2023 e é responsável pela secção de Perdidos e Achados da empresa.
Tomás Simão chegou à Rede Expressos em outubro de 2023 e é responsável pela secção de Perdidos e Achados da empresa.
Quem és tu, Tomás?
Chamo-me Tomás Simão, tenho 24 anos – faço 25 agora em março -, vivo aqui ao lado em Alfragide.
Este foi o teu primeiro emprego?
Não. Antes de estar aqui na Rede Expressos, trabalhava na área da restauração. Tinha horários rotativos e isso começou a tornar-se cansativo. Um dos principais motivos para sair da restauração foi o facto de não conseguir organizar a minha vida pessoal além do trabalho. Estive cinco anos a trabalhar em restauração.
Como surgiu a oportunidade de vires trabalhar para a Rede Expressos?
Comecei a procurar e enviei currículos para vários sítios. Depois através da Cityrama consegui vir para a Rede Expressos. Tive a entrevista, gostei e agora sou o responsável pela secção dos Perdidos e Achados. Quando entrei foi logo para esta função.
Como é o teu dia a dia nos perdidos e achados?
Chego cedo! Tento sempre estar cá antes das 9h00 porque, por norma, a essa hora já tenho aqui pessoas que querem falar comigo.
A primeira coisa que faço quando chego é percorrer o terminal para ver os pontos onde são deixados artigos perdidos, normalmente no movimento e na zona das limpezas. Ocasionalmente, posso ir as bilheteiras, mas é muito raro deixarem lá alguma coisa. Depois de recolher os artigos, volto para o gabinete para organizar. Há uma aplicação onde damos entrada de todos os perdidos.
Se os passageiros perderem algo, é a ti que têm de se dirigir para procurar?
O procedimento não é esse. Têm de preencher um formulário de Perdidos e Achados e é através da informação colocada nesse documento que é feito todo o procedimento de contatar o motorista e os outros terminais para conseguirmos perceber onde está o item perdido.
É um processo complexo e só depois disso tudo é que podemos devolver o item ao passageiro, caso tenha ficado perdido connosco, claro.
São perdidos muitos artigos de valor?
Sim… tenho aqui malas com um mês e que ninguém vem reclamar. Até pessoas que já notifiquei para virem buscar os artigos e não vêm. Mas depois tens pessoas que dão conta deque perderam algo e passados cinco minutos estão aqui à procura.
Os artigos de valor como dinheiro, documentos e mesmo malas que contenham algo, só ficam aqui connosco cerca de duas semanas. Depois são entregues à PSP, mas o procedimento é longo e detalhado. Tem de ser analisado item a item e só depois entregue às autoridades.
Na tua função, o que é que gostas mais de fazer?
Eu gosto de fazer tudo [risos]! Não há nada que diga que não gosto de fazer aqui. Só estou na Rede Expressos desde outubro do ano passado e gosto de tudo. O meu trabalho não é algo monótono e que se vá tornando cansativo. Mas, para mim, o mais agradável de tudo é ver a reação de uma pessoa quando encontras algo que tem valor para ela. É bom de se ver.
Posso dizer que gosto daquilo que faço.
Como gostas de aproveitar o teu tempo livre?
Gosto de praticar desporto. Faço escalada, é o meu desporto de eleição [risos]. Também gosto muito de andar de mota, faço-o com amigos.
Que conselhos podes deixar aos passageiros da Rede Expressos?
Devem etiquetar as suas malas. Agora, quando um passageiro compra um bilhete online vem uma folha com duas etiquetas para colocar na sua bagagem. Assim, caso a perca, é mais fácil de devolvê-la. Mesmo que não tenha o nome e o contato do passageiro, tem o número do bilhete por isso é mais fácil de localizar. O processo fica mais simples e rápido para nós, e para o passageiro também.
Não aconselho a utilizarem a rede que está no banco da frente porque é o sítio onde as pessoas mais se esquecem dos bens, bem como a parte de cima dos bancos. Quanto aos itens de valor, devem levá-los sempre junto a si. Numa mochila, por exemplo. Nunca na mala de porão.